sexta-feira, 22 de agosto de 2008

MOTE DE QUEM VIVE EM MARTE


MOTE DE QUEM VIVE EM MARTE...

Até quando nossos gestores vão continuar fazendo uso de meras palavras e projetos míopes com os segmentos do Turismo, fazendo crer frente a sociedade uma justificativa sustentável tanto economicamente, culturalmente e socialmente?

Eu ando por este Estado, em cada ponto de parada, desenvolvo um olhar critico e técnico sobre o viés do Turismo. Sei muito bem das dificuldades encontradas nessas cidades interioranas, onde muitas possuem gigantescos pontos de atratividade turística. Vejo por demais o despreparo de muitos gestores municipais quando visam ações voltadas para o Turismo. É realmente de lamentarmos profundamente não somente o amadorismo de seus projetos, mas de repudiarmos o ato irresponsável em nomear secretários para assumirem pastas como o Turismo, onde esses administradores se quer tem noção do que seja Turismo.

Mas, não quero me abster aos casos interioranos. Pois se assim eu fizer, irei teclar nesse Blog por uma eternidade ao citar caso a caso por esse enorme Estado.

Assim, permitam-me expor algumas palavras em um contexto mais amplo, e abordar a qualidade dos cursos de Turismo oferecidos pelas inúmeras faculdades particulares, e por conseguinte, o repasse ingênuo e medíocre aos alunos, de que essas instituições estão formando futuros profissionais para enfrentar o mercado competitivo e segmentado que é o Turismo.

A proliferação dessas faculdades é algo tão assustador, onde oferecem cursos do tipo seqüencial de curta duração em várias áreas de “formação”, que até existe uma situação cômica que retrata mais ou menos assim: Se por acaso você ligar por engano para um dos telefones dessas instituições, e quando a atendente dizer: “Aqui é da faculdade tal”, e você gentilmente responde que: “Desculpe foi um engano de minha parte”, pode ocorrer a situação da atendente dizer: “Desculpe nada, segue pelos Correios o boleto de pagamento da matricula que as aulas do seu curso já começaram”. Vocês imaginam que estou sendo exagerado ao lembrar essa situação vista até de maneira cômica? Então, saia da condição cômoda de “navegar” pela Net, e passeie por essas faculdades e tenha a condição presencial de analisar a metodologia e principalmente o conteúdo pedagógico dos diversos cursos oferecidos, em particular os de Turismo. Tenho certeza que você vai ficar um pouco assustado (como eu), de como esses cursos são desenvolvidos.

Agregado a essa pseudo condição dessas novas faculdades particulares estarem formando futuros profissionais aptos ao mercado extremamente competitivo, e ao mesmo tempo, mutante que é o Turismo, temos ainda que enfrentar diversas ações que podem ser consideradas grotescas por muito dos nossos gestores públicos (em todas as esferas).

Afinal, quando veremos os nossos gestores terem a sensibilidade de entender que qualquer projeto voltado para o Turismo, geralmente ultrapassa os 4 anos de mandato? Será que ninguém de boa sanidade vai conjecturar a idéia de que os bons projetos em Turismo são ações de médio e longo prazo? E havendo bons projetos, existe a necessidade dos gestores substitutos darem continuidade a esses projetos?

Foi lançado o projeto Fuçador, onde alimentam cegamente entre os estudantes de Turismo proporem TESES de projetos com iniciativas para o aprimoramento dos espaços culturais nos diversos bairros do Recife.

Não podemos desmerecer a essência desse projeto, que estimula a auto-estima dos estudantes envolvidos. Mas, se conjecturarmos na perspectiva de que os cursos de Turismo estavam mergulhados em um “marasmo” de criatividade, não resta a menor dúvida que o Fuçador mudou essa perspectiva. Afinal, basta verificar que na primeira edição contou com a inscrição de 29 equipes e em 2007, esse quadro foi algo em torno de 150 equipes inscritas. Nesse contexto, não há como questionar o sucesso do projeto Fuçador. Mas, em termos de ações práticas o que esses projetos inscritos e até vencedores contribuem para a nossa capital? Quais são as iniciativas seja ela pública ou privada que estão sendo desenvolvidas baseadas nesses projetos apresentados? Os projetos ganhadores ou não, em que vem ampliando as ofertas de trabalho e melhorias na remuneração dos profissionais em Turismo?

Até que constatemos respostas condizentes a esses questionamentos, pelo menos o Fuçador no aspecto de marketing promocional das inúmeras faculdades nas quais oferecem cursos em Turismo vem sendo uma ação prática bem positiva. Por exemplo: Em 2007 foram 14 instituições de ensino no Estado, que tiveram equipes dos cursos de Turismo inscritos, onde internamente nas mesmas, foram feitas uma tremenda mobilização frente aos alunos sobre a “importância” em participarem desse projeto. Oxalá!!! Que esses projetos vencedores não fiquem restritos as gavetas de gabinetes. Bem como, restrito apenas como citações de referência nos currículos dos formandos em Turismo. E quanto ao esforço e criatividade dos demais projetos participantes, nas quais não foram vencedores ou atingiram boas notas, que esses não sejam esquecidos no tempo como os pingos da chuva. Afinal, esses projetos podem conter boas idéias, e afirmo mais: Idéias quem sabe reais, possíveis de fato em serem concretizadas sem "viajar" tanto na "maionese" do abstrato.

Um comentário:

Unknown disse...

quem é vc?QUAL UNIVERSIDADE VC SE FORMOU ?SERÁ QUE VC TEM ALGUM CURSO QUE DESCONHEÇO?